Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]




APRESENTAÇÃO

Bruno Rodrigues, em 27.10.13

    Caros amigos,

   A ideia de escrever este blog surgiu de uma promessa que fiz a mim mesmo e à minha mulher quando, no início destes dois últimos anos, começou esta nossa aventura, se é que assim podemos chamar, pelos hospitais e centros de saúde de Lisboa. O motivo primeiro foi porque a informação que encontrei na internet era escassa, por vezes demasiado complexa para ser entendida por leigos, muito rara em português, alguma noutras línguas do meu domínio (mas muito sucinta na maioria dos casos); depois, achei importante partilhar a nossa história com outros pais e futuros pais de cardiopatas que se vêem em caso semelhante, com dúvidas e expectativas e, quem sabe, tentar ajudar. Quanto mais não seja, sabe-nos sempre bem encontrar alguém que tenha passado por uma mesma experiência.

 

   A razão pela qual demorei tanto tempo a tomar a iniciativa foi, para vos ser sincero, a preguiça. Naturalmente o emprego, as responsabilidades familiares e outras tiveram peso nessa demora mas se calhar ocupei o meu tempo noutras coisas não tão pertinentes quanto esta, pelo menos no meu ponto de vista. De uma forma ou de outra, aqui está.

   Numa espécie de sumário do que me proponho, primeiramente tentarei dar uma breve mas completa explicação sobre este tipo de cardiopatia. Não sou cardiologista, não sou médico, não tenho nenhum tipo autoridade académica nesta matéria, apenas fui aprendendo alguma coisa durante as várias leituras e investigações que fiz, no contacto e conversas com os médicos do Centro de Saúde da Lapa, do Hospital da Cruz Vermelha Portuguesa, da Maternidade Dr. Alfredo da Costa e do Hospital de Santa Marta, todos em Lisboa.

 

Loulou com cerca de três meses de idade


   Depois, relatar-vos-ei de uma forma crua a nossa história a partir do momento em que descobrimos a cardiopatia da nossa filha. Com isto quero dizer: por um lado, tentarei omitir o sentimento durante todo discurso (se bem que sei ser impossível). A razão: ocupa espaço, corro o risco de me tornar piegas, e para quem é pai ou mãe facilmente poderá imaginar o sofrimento que é o de ver um filho num hospital, mais ainda se se tratar de um problema tão delicado quanto este. Pelo outro lado, omitirei o floreado e consolo que a religião pode proporcionar e que encontrei em excesso noutros blogs. Com isto não quero menosprezar o papel que a religião pode eventualmente desempenhar nestes casos, o de esperança, confiança, fé em que tudo correrá bem... De qualquer forma, não quero nem é o meu objectivo discutir convicções religiosas ou atribuir episódios felizes ao sobrenatural; quero sim discutir objectivamente o que a medicina pode ou não fazer por estas crianças tomando a minha filha como exemplo.


9 comentários

Sem imagem de perfil

De Rute soledade silveira a 07.12.2015 às 20:26

Caro Bruno
Meu sobrinho Luan, com apenas 5 dias de vida descobriu-se que tem cardiopatia do ventrículo direito, estamos todos desesperados, mas principalmente a mãe, minha irmã, buscando informações encontrei seu blog, foi me muito útil, sinto mais esperança, ele será operado dia 8 de dezembro, torça por nós.
abraços Rute Soledade.

Comentar post



mais sobre mim

foto do autor


Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.